ABSTRACT
A estenose aórtica é a valvopatia mais freqüente entre os idosos, chegando a ocorrer em cerca de 2 por cento dessa população. Após o aparecimento dos sintomas (dispnéia, angina e síncope), a média de sobrevida é inferior a dois a três anos; portanto, há necessidade de cirurgia para troca valvar, imperiosa para manutenção da vida e da qualidade de vida do idoso com essa afecção. Por outra, está estabelecido que não há tratamento clínico para portadores de estenose aórtica sintomáticos. No idoso portador de estenose aórtica grave e assintomático, independentemente dos parâmetros ecocardiográficos, apenas a presença de fibrilação atrial é preditor de pior prognóstico, indicando, dessa forma, a necessidade de tratamento cirúrgico. Assim, em idosos portadores de estenose aórtica grave, o que indica fortemente a necessidade de intervenção cirúrgica são a presença de sintomas e/ou a presença de fibrilação atrial.